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#ForaSarney

A primeira vez que ouvi falar em Twitter foi na época das eleições americanas. Dizia-se que o Twitter ajudava e muito o Barack Obama. Na curiosidade, fui lá me cadastrar, nunca mais voltei. De uns tempos pra cá, percebendo que meus amigos blogueiros caminhavam pra este cantinho virtual, me animei e fui na onda. Meio sem entender nada, fui.

Essa semana vi um movimento começar, ganhar força e pelo que posso notar, ganhar as ruas também. É o #forasarney! É simples, você escreve qualquer coisa e no final posta a tag #forasarney ou escreve várias vezes a mesma tag. Pronto, você se manifestou.

Muito simples e rápido. Nada de caras pintadas, bandeiras, badernas e gritaria nas ruas. Pelo menos por enquanto.

Nesta madrugada o #forasarney entrou nos Trending Topics que funciona com o TOP 10 das tags. Vale ressaltar que o Twitter não é nacional (brasileiro). E sendo assim, várias pessoas no Mundo estão lendo #forasarney. Vocês tem noção da dimensão da coisa?

Pois é. Mas agora eu me pergunto, ou melhor, eu lhe pergunto: Quantas dessas pessoas, na maioria jovens, sabem, conhecem José Sarney? E entre os mais velhos, quem se lembra da Era Saney?

Não que ele mereça meu 'todo respeito', por que as minhas lembranças são da época que papai vivia em posto de gasolina p/ abastecer antes da 0h que era quando haveria o reajuste. Sou da época que sonhava com uma Barbie e quando mamãe pensava em comprar, a danadinha já tinha aumentado. Sou de uma época de frustações, sem traumas, mas é verdade. Sou da época do Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo... Até chegar no Real foi uma dura caminhada.

Eu que sou Petista, que sou Lulista, devo reconhecer em FHC o fim deste tormento e devo admitir minha vergonha em ver o presidente querer tapar o Sol de Sarney com a peneira.

Espero, honestamente que através do Twitter o povo consiga tirá-lo de lá, pois já vai tarde.

Daqui há alguns anos, estaremos pedindo #Foracollor. E o mais vergonhoso de tudo é que será pela segunda vez! #povonãoaprende.

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O Twitter e as redes sociais efêmeras

O Twitter é um iceberg desgovernado pilotado por um mamute míope, mas tem uma qualidade peculiar: é uma rede social diferente na estrutura, na mecânica e nos vínculos que unem seus membros.
A rede muda o tempo todo, como blocos de gelo se movendo sobre o mar gelado. Nesse sentido, o Twitter é a ponta de outro iceberg que esse organismo vivo e mutante que é a internet se prepara para jogar sobre nossas cabeças.

Não porque inaugura a era das conversas, idéias, discussões e manifestos em 140 caracteres (nunca imaginei que coubesse tanta coisa em tão poucas letras). Nem porque revela novos formadores de opinião e deliciosos usuários fake (o Oscar do Twitter para o @darthvader, por favor).

Na verdade, é por tudo isso que o Twitter é um iceberg desgovernado pilotado por um mamute míope, mas sobretudo por uma característica peculiar: ele é uma rede social diferente em sua estrutura, em sua mecânica e nos vínculos que unem seus membros. Pois vejamos:
É unilateral

Ao contrário das redes sociais convencionais, o vínculo de amizade no Twitter é fraco. Para começar, não se pede autorização para se seguir alguém. Você segue, e ponto. Nem escolhe quem vai segui-lo, embora ainda possa bloquear pessoas. Isso muda tudo. Primeiro porque não há tantos escrúpulos em se deixar de seguir alguém. Excluir alguém de seu Orkut é dramático. Rende até música. É quase como rasgar fotos ou arranhar o vinil do Odair José do outro. “Desseguir” alguém no Twitter é normal.

Ainda por ser unilateral, cria figuras diferentes. No lugar dos dois extremos (solitário e popular), temos as diferentes gradações. Tem os seguidores natos, que praticamente ouvem e nada criam. Há os formadores de opinião, com poucos seguidos e milhares de seguidores. E há os neutros, onde boa parte dos seguidores na verdade estão retribuindo a gentileza de serem seguidos. No mundo das redes sociais, onde status é a moeda corrente, isso muda tudo.
É totalmente estruturada em seus membros

Não existe um portão da comunidade entre o público externo e seus membros. O sentimento de que se está “dentro do Twitter” é diferente de o sentimento de se estar “dentro do Orkut”. Além disso, sua extrema simplicidade difere do ambiente cada vez mais repleto de aplicativos das redes sociais convencionais. Ele é simples e direto.
É uma rede efêmera

Esse é um dos pontos que mais me fascinam e em que mais aposto no longo prazo. O uso das tags (palavras iniciadas com #) permite que comunidades se formem de forma instantânea e efêmera enquanto o assunto (um evento, um meme, uma pessoa) estiver em voga. É o que acontece durante transmissões esportivas, por exemplo.

Usando a busca do próprio Twitter (o antigo Summize) ou outras ferramentas, os usuários iniciam um diálogo “maluco” onde não há um interlocutor definido. É como se ilustres desconhecidos subissem em seus telhados e gritassem com megafones frases sobre um assunto específico. E eles ouvirão uns aos outros, falarão ao mesmo tempo e, com boa vontade, vão acabar se entendendo.

Em nenhum momento eles necessariamente estabelecem vínculos entre si (amizades), nem com o tema (comunidades). Quando o assunto morre, cada um desce de seu telhado e a rede se desfaz.

O que ficam são os seguidos e seguidores que podem se formar e o histórico da conversa, publicado nas páginas de cada participante. Mas, salvo na busca pela tag, isso permanece de forma totalmente dispersa. Para quem olha a parte, e não o todo, há apenas fragmentos sem sentido completo.

Isso tem grande impacto em como entendemos as redes sociais, os papéis das comunidades e especialmente em como quantificamos isso em nossos sistemas de mensuração. Que métricas precisaremos desenvolver para capturar isso?

O Twitter não é o fim. Mas ele é um modelo para as redes sociais do futuro que, no rastro da abertura permitida pelas APIs de integração inter-redes, serão cada vez mais abertas, transparentes, multiplataformas e efêmeras. Redes sociais sem muros nem membros, mas com milhares de construtores.

É fascinante esse mundo onde o chão é sólido como gelo. Que nosso mamute míope não encontre muitas baleias em seu caminho.
 

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