A invasão da Portelinha

5 de janeiro de 2008

A invasão da Portelinha

Pois é, todos estão comentando sobre o último acontecimento da vida real, quer dizer ficcional.
A Portelinha foi invadida por um “bonde” de traficantes maus e bem armados.
E este humilde blog não poderia deixar passar né?

Então, vamos lá...
O que mais me chamou atenção neste "evento" não foi o fato de Juvenal ter sumido e aparecido misteriosamente durante a invasão e até agora não ter dado nenhuma explicação, muito menos uma que fosse convincente, também não foi o fato de alguns dias atrás ele ter se negado a comprar armas novas p/ seus “anões” (seguranças) com o argumento delas estarem de bom tamanho para eles, e já ter as tais armas mais modernas; aliás se eles não tinham acesso a tais armas como saberiam usá-las num momento de necessidade? Como uma pessoa acostumada a dar tiros de 38 poderia atirar com precisão com um fuzil, isso sem treinamento? Bem, continuando... O fato da personagem de Marília Pêra, que nunca pisou numa favela ser tão corajosa ao ponto de se enfiar no meio do tiro cruzado apenas para aparar o falecimento de uma moradora local e permanecer ali imóvel durante alguns minutos sem ser atingida também não me surpreendeu, isso sem falar que até moradores de favelas tem medo de entrar em outras favelas, mas justo a personagem mais neurótica da novela não tem.
Outro fato que não me causou nenhum espanto foi a questão de um Deputado querer ir pra guerra, só porque realmente acredita que o Sr. Juvenal seja um homem justo e honesto, pior fingindo-se inocente quanto ao fato de um civil ter porte ilegal de armas (uma Bazuca)de uso exclusivo das Forças Armadas. Outra coisa que não me espantou foi o momento em que Evilásio acertou uma pedrada no bandidão Lobato, isso depois dele já ter sido atacado com fuzis, granadas e até bazuca e não ganhar nem um arranhãzinho[:o]! E o momento do ataque da bazuca? Quando Juvenal ficou parado apontando a dita cuja para o bandidão e ele ficou apenas olhando, paradão só esperando? Tenho certeza que ninguém percebeu isso também. Muito menos quando Juvenal no meio da guerra, estando na linha do inimigo sai de trás do poste, onde se protegia para olhar a menina baleada, afinal de contas é super normal e compreensivo que naquele momento ele pensasse primeiro na menina que nele próprio.
Pois é, nada disso chamou muito minha atenção, nem mesmo o fato de Sr. Juvenal-Highlander-Jesus Cristo-Antena ter ressuscitado, quer dizer ter voltado de uma crise de catalepsia. Ufa! Ainda bem!
O que me surpreendeu mesmo, me deixou bestificada, e até agora não saiu da minha cabeça, foi o momento em que os bandidões do Lobato entraram na favela no maior estilão “Eu sou foda pra cacete” andando pelo meio da rua sem nenhum receio, ao som de “O Último Imperador” de J. Strauss.
Eu juro que posso (tentar) entender a analogia Juvenal Antena, último imperador..., e talvez o autor quisesse apenas dá um toque de “classe “ à cena, ou quem sabe popularizar um clássico... Não sei! [:S] Como eu ainda não entendi o objetivo do Sr. Aguinaldo, mandei um e-mail hoje pedindo um esclarecimento sobre tal cena.
E sinceramente, desconfio que J. Strauss não deva estar nada feliz (seja lá onde ele esteja) em ver sua música associada a uma cena tão trágica e mal feita.

Sr. Aguinaldo, o senhor já está abusando de nossa inteligência, embora eu reconheça que ela não seja lá grandes coisas...

“Meu povo, justamente, assim que receber a resposta do Sr. Autor Aguinaldo, venho aqui dividir com vocês, claro se vocês quiserem." E claro também se ele responder, porque ele deve estar muito ocupado escrevendo sua imitação mal feita da realidade.


PS: hoje, durante a cena que Juvenal Antena ressuscita ,pensei estar assistindo a uma cena de “O Bem Amado”.

PS²: Se mais algum fato me passou despercebido, ficaria muito grata se você o colocasse aí nos comentários.

PS³:ainda bem que o nome da favela é Portelinha e não Mangueirinha! Ufa!