13 de junho de 2011

Vale a pena ter nascido!

    Poesias de Fernando Pessoa no que seria o Centenário de um dos maiores escritores Portugueses
"Às vezes ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
    LIBERDADE
    Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não o fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. O sol doura sem literatura. O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como tem tempo não tem pressa. Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quando há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. O mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca... 1931-1935
      SONHEI, CONFUSO
      Sonhei, confuso, e o sono foi disperso, Mas, quando dispertei da confusão, Vi que esta vida aqui e este universo Não são mais claros do que os sonhos são Obscura luz paira onde estou converso A esta realidade da ilusão Se fecho os olhos, sou de novo imerso Naquelas sombras que há na escuridão. Escuro, escuro, tudo, em sonho ou vida, É a mesma mistura de entre-seres Ou na noite, ou ao dia transferida. Nada é real, nada em seus vãos moveres Pertence a uma forma definida, Rastro visto de coisa só ouvida.
      Fernando Pessoa, 28-9-1933.

    O AMOR QUE É ESSENCIAL

    O amor é que é essencial.
    O sexo é só um acidente.
    Pode ser igual
    Ou diferente.
    o homem não é um animal:
    É uma carne inteligente,
    Embora às vezes doente.

    1931-1935 

    4 comentários:

    1. Aiiiii que delícia te ver retornando ao blog, com toda força!!!! \o/ Hoje é aniversário da nossa mãezinha, a Rô! Beijos, SUA LINDA!!!!

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    2. Sim, estou tentando, e vi a força que me de no Twitter =)

      Hoje cedo, já deixei um recadinho no Facebook da Rô! ♥

      Linda é tu, guria! \o/

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    3. Na verdade, a frase de Fernando Pessoa, tirada do poema A espantosa realidade das cousas, é assim: Outras vezes oiço passar o vento,
      E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido. Ele escreveu esse poema usando o seu pseudonimo Alberto Caeiro.

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