Fidel não Morreu (ainda)

20 de fevereiro de 2008

Fidel não Morreu (ainda)

Acompanhando esse seriado "Queridos amigos", uma nostalgia política tem tomado conta de mim. Venho pensando sobre os acontecimentos da época, sobre o fim da ditadura no Brasil, Tancredo, inflação entre outras coisas e agora pensando também na renúncia de Fidel.

Não que isso afete minha vidinha mais ou menos aqui na terra Brasilis, pelo menos não diretamente. Mas é bom, nem que seja só pra mudar um pouco o rumo da prosa sobre as eleições presidenciais americanas. Ou não.

Ontem eu conversando com minha mãe, perguntei: -Será que se Tancredo tivesse conseguido governar, seria diferente? Será que ele seria o que muitos esperavam no sentido de salvador da Pátria?
Por que pensei isso?
Por que depois da fase militar, a primeira frustação foi a morte de Tancredo. Depois depositamos todas as fichas em Collor que dispensa comentários e depois em Lula que bom, assim,ah, deixa pra lá.

Onde eu quero chegar? Simples. Que as nossas maiores esperanças foram nossas maiores frustações. E será que Tancredo Neves teria sido diferente deles ?
Sinceramente acho que não. Afinal de contas ele pegaria um cenário onde a força militar ainda era forte. Havia muita necessidade de se esconder informações da época da repressão, esconder as torturas, documentação, alguns até hoje são mantidos em sigilo...
Fatos como o de Vladimir Herzog e Zuzu Angel só há poucos anos foram reconhecidos pelo governo. Imagine em 1982?
E não me diga que o fator corrupção não existia. Porque aqui no Brasil a profissão mais antiga é assaltar.

Seguindo esse raciocínio, que talvez esteja errado por que eu não sou tão entendida assim de política, dificilmente Tancredo Neves teria sido o Salvador da Pátria, pelo menos não naquela época. Por mais boa vontade que tivesse.
E pra terminar o assunto, o triste é que ainda hoje não temos nenhum Herói!



Subindo pelos continentes e chegando à Cuba...
Fidel renunciou e aí? Vai mudar alguma coisa?
Não!
Por que?
Porque ele renunciou agora que já está quase morrendo, porque ele sai mas deixa seu irmão, que só está lá porque é igual a ele e porque ele sai da linha de frente mas não sai definitivamente do campo.
Mudanças? Sim, um dia, talvez...
Talvez depois do falecimento dele, e que fique claro que não a estou desejando, por que aí por melhor que seja Raúl, por mais que ele siga o modelo de administração de Fidel, o povo se sentirá mais encorajado para ir à luta. Por que só acredito em mudanças, verdadeiras, quando vindas do povo. Quando a população inicia essa mudança. E tenho certeza que os cubanos querem mudanças, senão, não haveira gente fujindo, inclusive a própria filha do Homem.

Você deve estar pensando que sou contra o regime implantado em Cuba. Errado. Admiro e muito alguns pontos e seria burrice não enxergar os avanços na educação, na saúde e nos esportes. Concordo com essa forma igualitária, não concordo é que seja usada a força para conseguir isso.

Mas enfim... Cada povo tem o que merece, não vê o nosso caso?


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