9 de outubro de 2008

Papanicolau, o mau!

Só as mulheres sabem o quanto esse exame é desconfortável. Esse texto eu encontrei por acaso e achei que a Nana ia gostar que eu colocasse aqui, se é que ela ainda não conhece... Eu não conhecia! \o/


Homens pensam que abrir as pernas é a maior moleza: só deitar ali, arrancar a calcinha e correr pro abraço. Na maioria das vezes é até verdade, mas um dia no ano, durante muitos anos, esse ato tão banal e (se a moça tiver sorte) corriqueiro vira um martírio abissal: o dia do Papanicolau.

Menos uma data santa e muito mais um mergulho ao inferno do desconforto, o dia do Papa Nicolau começa com aquele famoso 'Pode despir-se e colocar esse avental com a abertura voltada pra trás'. Pelada, descalça sobre o chão frio e com um ventinho batendo na bunda, vamos (nós, mulheres) nos encaminhando para a sala de exame. Ao abrir a porta, temos a visão do hall do Hades: uma maca coberta por lençol de papel, dois apoios para os pés, um computador esquisitão e um médico com aquele sorriso polido que diz, na verdade, 'Não precisa ficar sem graça só porque jamais te vi na vida e agora vou cutucar até a sua amídala'.

Enfim, deitamos. Deslizamos a bunda até a beira da maca, abrindo até a alma para a exploração eminente, encaixamos os calcanhares nos apoiadores. 'Agora, relaxe'. Respiramos fundo e então ele adentra o âmago do nosso ser. Gelado, mais duro do que estamos acostumadas, fino, metálico. Um troço bizarro chamado espéculo.
Ele percorre o caminho que você, querido leitor, faz coisas absurdas e inconfessáveis para percorrer, e enfim chega ao ponto final: ali pertinho do colo do útero, onde alguns homens adoram brincar de bate-estaca nos provocando sensações tão agradáveis quanto uma perfuração de tímpano. E então, expiramos aliviadas. Por pouco tempo.

Algo dentro de nós se expande e alarga. Quer dizer, mais ou menos dentro. Dentro e fora, pra ser exata. O bico de pato estilizado afasta nossas cara-metades inferiores até que a zona do agrião fique completamente, absolutamente, inteiramente aberta e livre para o ataque final: o dedo. E nessa hora, que horror, uma tremenda vulnerabilidade nos assola. Além de escancaradas, temos um pedaço de mão cutucando cada canto e cavidade, procurando caroços, carnes estranhas e toda sorte de possíveis doenças.
Mas não é nelas que pensamos enquanto nossa bexiga é pressionada e os ovários são coçados. Pensamos é no quanto aquela situação lastimável vai durar. E então, num transe anual, enxergamos o mundo através dos olhos de Einstein: o tempo é mesmo relativo (o exame nunca dura mais que 5 minutos mas parece que daria para assistirmos Spartacus e a Trilogia do Senhor dos Anéis na seqüência).

Você já acha suficiente? Ah, quanta inocência! A retirada do dedo não é o fim, é o anúncio da hora da entrada de um tipo de palito de sorvete que escarafuncha e raspa nossas umidecências para retirar o 'material' que será analisado e dirá se nossa querida xana está 100% em ordem e habilitada para uso contínuo. Só daí somos despirulitadas (retiram do meio de nós o que estava nos espetando) e fechamos tudo o que estava aberto.

E pensar que a “homarada” faz o maior estardalhaço e arma um baita dramalhão mexicano só por causa de uma mera dedadinha no traseiro. Mas como são mocinhas, não?
(Ailin Aleixo)

7 comentários:

  1. Hahahahaha... e ainda tem aquele momento em que nossos peitos são completamente tomados por mãos desconhecidas em busca de caroços!!! Ai, meus sais! Como assim? Não me dá beijinho, não me chama de meu amor e vem com essas mãos cheias de dedos em cima dos meus peitos? Como a gente sofre! Aposto que uma dedada no traseiro seria menos humilhante!

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  2. Só não "grito": ô, nana, cadê vc, eu vim aqui só pra te ver- porque quem está postando é a Du! E a Du é ótimo em tudo que faz em se tratando de blog! huhuhu! Esse tal preventivo me desespera todas às vezes... Destesto! Mas enfim, tem que ser...Gostei do texsto!

    Beijos, moçassss

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  3. Hahahahahaha

    Do jeito que ela escreveu pareceu a coisa mais estranha do mundo, será que nao tem uma versao masculina falando do exame de próstata?

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  4. Ain, nem me faaale!!!
    Isso é mais que desconfortável!!!
    Beijooos

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  5. Du, que perfeito!
    Adorei!

    Tão feliz de ver minha casa bem cuidada! :)

    Quando li o texto já comecei a rir e todos aqui na casa da minha cunhada começaram a ler também! :)

    \o/\o/\o/

    Bêjo Duzinha!

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  6. Caramba num sei se sorrio , caio na gargalhada ou choro ^^
    kkkkkkkkkkk melhor cair na gargalhada msm

    Du todos os homens com medo do exame da prostata deveria ter a oportunidade de ler esse texto ne naum?? hauhauau
    bjus
    nana Saudades de vc

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  7. Acho que vou invadir isto aqui ...ja que tenho as chaves.

    Beijão!

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